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PEQUENAS CENTRAIS HIDRELÉTRICAS ou PCH’s 

 

As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) são usinas hidrelétricas de tamanho e potência relativamente reduzidos, conforme classificação feita pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 1997. Esses empreendimentos têm, obrigatoriamente, entre 5 e 30 megawatts (MW) de potência e devem ter menos de 13 km² de área de reservatório. Apesar do nome, que carrega o “pequenas” e seu peso pouco atrativo, as PCHs são hoje responsáveis por cerca de 3,5% de toda a capacidade instalada do sistema interligado nacional.

O início da exploração desse potencial das PCHs no Brasil aconteceu a partir do ano de 1997, quando foi extinto o monopólio do Estado no setor elétrico e centenas de empresas empenharam recursos na elaboração de estudos e projetos de geração de energia renovável. Daquela época até hoje, mais de R$ 1 bilhão foram aplicados por investidores privados na elaboração e no licenciamento ambiental de cerca de 1000 projetos de PCHs, totalizando mais de 9.000 MW em empreendimentos protocolados na Aneel – destes, porém, cerca de 7.000 MW ainda aguardam análise a aprovação do órgão regulador.

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Somados os potenciais de PCHs existentes, ilustrados no quadro a esquerda, há um total considerável de potência de 14.926 MW: o que significa uma quantidade de potência superior à da Usina Binacional de Itaipu. As PCHs, portanto, seriam como uma “Itaipu Distribuída” e de baixos impactos ambientais, devido à diversidade de usinas espalhadas pelo país.

Assim, embora as PCHs tenham o mesmo regime hidrológico que as grandes hidrelétricas, se elas operassem de forma cooperativa e complementar às grandes usinas, poderiam ocupar o papel que as termelétricas têm desempenhado durante os períodos úmidos, assumindo boa parte da carga das UHEs e ajudando-as, assim, a recomporem o estoque dos seus reservatórios – de forma a enfrentar os períodos secos.

Em termos de potência já instalada, as PCHs estão situadas em 3º lugar entre as fontes de energia do país com 4.126 MW gerados. À frente delas, estão as termelétricas em 2º lugar com 27,1% da capacidade brasileira (32.418 MW) e as Usinas Hidrelétricas (UHE) maiores que 30 MW, que lideram o ranking com 66,1 % (78.980 MW).

Considerando quantidade, existem 436 PCHs operando no Brasil. Esse número coloca a fonte à frente das UHEs, que são 219 em todo o território nacional, e só perdendo na classificação para as termelétricas, que atingem o número de 2.974 unidades instaladas.

CENTRAIS GERADORAS HIDRELÉTRICAS ou CGH’s 

 

As Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) também são geradoras de energia que utilizam o potencial hidrelétrico para sua produção. A diferença é que as CGHs são ainda menores, tanto em termos de tamanho quanto de potência. De acordo com a classificação da  Agência Nacional de Energia Elétrica, esses empreendimentos podem ter o potencial de gerar de 0 até 5MW de energia.

O Brasil conta com 554 unidades de CGHs em operação instaladas em todo seu território, que representam 425.428 kilowatts (kW) de potência instalada. Com essa abrangência, essas centrais geram aproximadamente 0,2% do total da matriz energética do país.

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