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Gás Metano como fonte de energia:

A utilização sustentável do gás-estufa produzido no lixo

 

O gás metano produzido pelo lixo é utilizado para geração de energia dentro dos aterros sanitários. 

Você provavelmente já ouviu falar no gás metano, sobretudo no que diz respeito aos estragos que ele causa ao planeta. Isso porque este é um dos principais gases que formam o efeito estufa, um fenômeno natural que é acelerado por diversos fatores de modo que acaba se tornando prejudicial para a vida no planeta.

 

O que é o gás metano?

 

Conhecido também como CH4, o gás metano é formado por carbono e hidrogênio e, embora não possua cor ou cheiro, pode ser extremamente inflamável quando exposto ao ar. Este gás é formado a partir de uma série de situações, tais como:

 

  • Decomposição do lixo orgânico;
  • Processos industriais diversos;
  • Produção de combustíveis;
  • Queima de combustíveis (processo dos veículos);
  • Atividade pecuária;
  • Esterco.

 

Com base nesta lista de itens que geram gás metano, podemos perceber como a sociedade produz diariamente uma grande quantidade dessa substância. Isso é perigoso não apenas para o aumento do efeito estufa e seus consequentes prejuízos ao meio ambiente, mas para a própria população — já que esse gás pode causar asfixia, paradas cardíacas e até mesmo danos ao sistema nervoso. Para o planeta, ele chega a ser 20 vezes mais prejudicial do que o dióxido de carbono (CO2).

 

Utilização do metano como fonte de energia

 

A maneira com a qual o metano é transformado em energia depende do local em questão. Por exemplo, o gás metano produzido pelo lixo é o encontrado em aterros sanitários e lixões. No primeiro caso, o recolhimento do gás é feito por meio de drenos horizontais e verticais dispostos ao longo do aterro, de onde vão para uma área de tratamento que o condensa e refrigera. Daí, ele já pode ser enviado para os motores do aterro, que vão gerar energia. Vale lembrar que esse processo aspira todos os gases provenientes do lixo, e sua junção é chamada de biogás.

 

Alguns exemplos de aterros que trabalham com usinas de biogás são os de Bandeirantes e São João, ambos localizados em São Paulo. O metano produzido por eles fornece energia para cerca de 700 mil habitantes, além de ser vendido em créditos de carbono para pessoas e empresas que reduzirem sua produção de gases-estufa.

 

No caso das pecuárias, existem os biodigestores. Eles tratam o adubo que provém do gado, geralmente de porcos, mas também de muitos outros animais. Para os donos de fazenda, este tipo de geração de energia pode resultar em economia e até mesmo em lucro.

 

É claro que os biodigestores não são baratos, mas se for possível adquiri-los e mantê-los, os resultados podem produzir energia suficiente para manter grande parte do funcionamento da fazenda. Ainda assim, o foco deste tipo de processo deve ser a sustentabilidade acima da rentabilidade, já que os níveis de energia provenientes não são necessariamente altos o bastante.